Ele não é cientista, não é milionário e nunca inventou nenhuma tecnologia revolucionária. Mas James Harrison, um australiano de 74 anos, entrou para a história por um motivo nobre: sua doação de sangue salvou a vida de mais de 2,2 milhões de crianças.
Conhecido como o “homem do braço de ouro”, James possui um tipo sanguíneo extremamente raro. Ao longo da vida, ele doou cerca de 480 litros de sangue, que se tornaram essenciais para a produção da substância anti-D — utilizada para prevenir a doença de Rhesus em bebês recém-nascidos.
👉 Essa condição ocorre quando o sangue da mãe é Rh- e o do bebê Rh+, o que pode causar sérias complicações na gestação. Graças aos anticorpos presentes no sangue de James, foi possível criar uma vacina capaz de proteger milhões de vidas.
Em reconhecimento, ele entrou para o Guinness Book como o maior doador de sangue do mundo e recebeu um seguro de vida milionário do governo australiano. Mas, segundo ele, a maior recompensa foi pessoal: ter ajudado a salvar a vida do próprio neto, que também nasceu com risco da doença.
Curiosamente, a jornada de James começou ainda na adolescência. Aos 14 anos, ele precisou de uma cirurgia delicada e sobreviveu apenas porque recebeu 13 litros de sangue doados por pessoas desconhecidas. Foi nesse momento que ele prometeu retribuir… e cumpriu sua promessa de forma grandiosa.
James Harrison faleceu de forma tranquila, enquanto dormia em uma casa de repouso em Nova Gales do Sul, na Austrália, no dia 17 de fevereiro. Sua família confirmou a notícia nesta segunda-feira (3). Ele deixa não apenas familiares e amigos, mas também um legado de solidariedade e esperança que continuará inspirando gerações.
💬 Uma vida dedicada a salvar outras. Você também se inspirou nessa história?
