Eu sou apaixonada por animações e quando vi que “Divertida Mente 2” estava chegando aos cinemas, fui tomada por uma mistura de nostalgia e curiosidade. Afinal, o primeiro filme mexeu com a nossa forma de entender as emoções. Então, minhas expectativas estavam lá no alto. E posso dizer? Foram superadas com folga!
Desde o primeiro minuto, me vi imersa novamente na mente da Riley, agora adolescente, passando por uma nova onda de mudanças emocionais. Mas dessa vez, além da Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho, somos apresentados a novas emoções, como Ansiedade, Inveja, Tédio e Vergonha. E quem lembra da adolescência, sabe que essas últimas emoções, é real! Eu tive todas elas. Principalmente a Vergonha. .
“Divertida Mente 2” é mais do que uma continuação. É uma evolução. A forma como a Pixar conseguiu abordar questões mais profundas da adolescência, como a construção de identidade, pressão social e o medo do fracasso, me tocou de uma maneira que nem eu esperava. As crianças riem, os adultos se emocionam e todo mundo sai da sala de cinema refletindo.
Uma das coisas que mais me impactou foi como o filme mostra que, na mente humana, nem sempre a Alegria está no controle e tá tudo bem com isso. A chegada da Ansiedade, por exemplo, é tratada de forma sensível e realista, mostrando que ela pode ser útil, mas também precisa ser equilibrada. Essa é uma emoção que quando entra na nossa vida, não saí mais, ela só é amenizada.
Outro ponto forte é o visual. A direção de arte e as cores usadas para representar cada emoção continuam incríveis. A trilha sonora também está impecável e ajuda a potencializar os momentos mais emocionantes (sim, eu chorei!).
Não é à toa que “Divertida Mente 2” conquistou o Brasil. O filme estreou com sessões lotadas e rapidamente se tornou um dos mais comentados nas redes sociais. Muita gente se viu representada nas novas emoções e, principalmente, nas situações vividas pela Riley. A Pixar, mais uma vez, conseguiu unir entretenimento e profundidade emocional, de forma leve e encantadora.
Para quem tem filhos, sobrinhos, ou até para quem quer se entender melhor, essa é uma animação que vai além da diversão. Ela provoca reflexões sobre saúde mental, relações familiares e aceitação das nossas emoções. É um filme que fala com o coração e com o cérebro também.